28 de outubro de 2010

Felicidade sustentável





O amor além de sentimento é energia. Quando alguém ama alguém há uma troca extraordinária de energia entre essas pessoas, e na forma ideal, essa correspondência acontecerá até que elas cheguem ao equilíbrio. Algumas dessas relações se dão apenas no aspecto superficial, derme, outras vão mais além e atingem ao plano sentimental coração e há ainda aquelas trocas de energia que são mais profundas ainda e que chegam ao plano espiritual, alma.Há algumas coisas básicas a respeito de homens e mulheres. Homens gostam de impressionar, mulheres de serem agradadas. Parceiros solidários produzem felicidade, parceiros egoístas produzem infelicidade. O que une caminhos diferentes numa mesma estrada é objetivo comum de ser feliz e de encontrar satisfação no relacionamento com uma pessoa. E naquela pessoa confiamos nosso amedrontado coração. Alguns amores curam feridas profundas, outros produzem felicidades infinitas, lembranças que mesmo depois de muitos anos jamais nos esquecemos.Alguns homens são verdadeiros anjos por causa do amor que sentem por uma mulher, as carregam sem seus braços quando elas já não podem mais andar.E algumas mulheres são a própria manifestação de Deus na terra, quando através de seu próprio corpo dão a luz a um filho, fruto do seu amor pelo homem.A felicidade sustentável é um casal abraçado, dançando, chorando e sorrindo com a cabeça encostada um no ombro do outro.

(Andre Luis Aquino)

25 de outubro de 2010

Em quantas pessoas você realmente confia?



A pergunta soa um tanto ingênua, mas nos faz refletir a respeito das nossas relações nos dias atuais.Conhecemos um maior número de pessoas com as quais convivemos, os relacionamentos se multiplicam, os contatos sociais são facilitados.Comunicamo-nos mais facilmente, através de e.mails, sites de relacionamento, telefones móveis.E, paradoxalmente, nos sentimos cada vez mais sozinhos, mais vazios. Cheios de nomes na agenda telefônica, sem que possamos neles confiar, sem que possamos com eles contar, sem que tenhamos com quem dividir angústias, receios, medos e solidão.Como escreveu o comediante americano George Carlin, construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos cada vez menos.E, como consequência, temos muitos conhecidos, mas conhecemos muito pouco as pessoas. Daí, nossa dificuldade em encontrar em quem confiar, com quem dividir os pesos que, muitas vezes, trazemos na alma. E gostaríamos de ter com quem compartilhá-los.Mas, de onde nasce a confiança? Como se constrói a confiança de uns nos outros?Se analisarmos que confiar pode ser interpretado também como fiar com, entendemos que a confiança se constrói no exercício contínuo da convivência, do estar junto, do fiar as coisas do dia-a-dia com companheirismo.Quando nos permitimos a convivência com o próximo, o compartilhar das experiências, o dividir das responsabilidades, que aos poucos irão crescendo, estamos fiando as coisas da vida com os companheiros de jornada.É natural que a confiança não nasça rápida e indistintamente. É necessário que seja cultivada, que seja vivenciada. Aí está o fiar com alguém.Aquele que não se permite dividir pequenas tarefas, pequenas responsabilidades com o outro, sempre a desconfiar de alguém, descarta de antemão a possibilidade de construir a confiança mútua.É verdade que seria insensato confiar sentimentos, informações ou decisões indistintamente, com qualquer pessoa do nosso relacionamento.Mas o oposto também é um erro.Sempre haverá aqueles com os quais poderemos começar o exercício da convivência, do compartilhar o pouco, para logo mais a confiança começar a se estabelecer.Permitamo-nos sair da solidão e do isolamento, mesmo que cercados de uma multidão, para buscar esse ou aquele companheiro, a fim de iniciar o exercício de fiar juntos o sentimento da confiança.Alguns logo nos mostrarão que não estão dispostos a esse exercício. Outros caminharão apenas um trecho conosco.Porém, sempre haverá aqueles que aceitarão o convite da construção da amizade e da confiança.Para chegar até esses, inevitavelmente passaremos por uns e outros. Mas serão sempre o convívio, o conhecimento mútuo e o compartilhar, as ferramentas que melhor nos servirão para a construção da confiança e da amizade.Pensemos nisso e nos empenhemos nessa elaboração lenta e preciosa da confiança.

(Redação do Momento Espírita. Em 22.10.2010)